Autor: Fragil

Quais são algumas das coisas que a maioria dos portugueses mais gosta? Diríamos música, boa comida e uma agradável saída à noite. Concorda? Bem, nestes três bares lisboetas de interesse cultural é garantido tudo isso e muito mais.

Lounge, Cais do Sodré

Independentemente de estarmos a falar de música ou de qualquer outro tipo de programação cultural, o Lounge é, sem sombra de dúvida, um dos melhores locais para desfrutar na noite lisboeta. A oferta de entretenimento é vastíssima, com opções que, garantidamente, conseguem agradar a qualquer tipo de visitante.

Para ter apenas uma vaga ideia do que estamos a falar, um serão no Lounge é bem capaz de começar com um intenso alinhamento de rock e terminar com as melhores seleções disco de épocas nunca esquecidas.

A cereja no topo do bolo? A entrada é livre. Por isso, achamos por bem frisar que se quer arranjar um espaço, o melhor é chegar cedo, especialmente ao fim-de-semana.

O Bom, o Mau e o Vilão, Cais do Sodré

Temos enfatizado no nosso blog que o Cais do Sodré é, muito provavelmente, a zona de Lisboa que mais está a dar cartas no atual panorama cultural. Este é já o segundo ponto do bairro na nossa lista.

O Bom, o Mau e o Vilão oferece as melhores sessões musicais, desde programas indie, até às noites de música para animar o espírito e às chamadas jam sessions, espontâneas, livres e descontraídas. É só escolher o que mais gosta.

Frequentemente, decorrem, de forma simultânea, sessões variadas em salas diferentes. A entrada também é gratuita neste bar. E melhor ainda, o espaço raramente fica apinhado. Conte ainda com projeções semanais de filmes e concertos de música jazz.

Camones, São Vicente

Pense no que gostaria de desfrutar num programa cultural noturno. O Camones provavelmente oferece. Os serões são recheados de música ao vivo, exibições de cinema, sessões de microfone aberto, e tantas outras ofertas. Felizmente, há lugar para todos estarem sentados em cadeiras confortáveis. Até pode levar o seu cão.

Há quase 90 anos, o Camones abriu como um espaço recreativo para o pessoal operário da Graça. Ao longo dos anos, foi-se tornando cada vez mais num hot spot lisboeta.

A cada duas terças, o microfone está disponível para quem quiser participar. Às quintas e aos domingos, organizam-se as sessões de cinema grátis, com pipocas incluídas. Todas as sextas, a melhor música invade a casa.

No Camones, a experiência é adaptada a si. Pode pedir uma tosta e apreciar um copo de vinho enquanto coloca a conversa em dia com os amigos à mesa, ou pode optar por um belo hambúrguer e uma cerveja artesanal enquanto relaxa num sofá.

Nestes três espaços em Lisboa, a música é realmente ao vivo, o ambiente é acolhedor e o cardápio é de repetir.

Deixe o seu paladar e a sua audição serem conduzidos numa simbiose profundamente portuguesa enquanto vive a histórica noite de Lisboa nestas seis fabulosas casas de fado.

Adega Machado, Bairro Alto

Aberta em 1937, a icónica Adega Machado passou em 2012 por uma renovação que simbolizou uma reinvenção do legado da casa. É neste ponto da capital que pode ouvir as vozes incontornáveis de artistas como Marco Rodrigues ou Pedro Moutinho.

A fachada da Adega Machado é da autoria de Thomaz de Mello, e é um trabalho que merece ser apreciado ao detalhe antes de se deixar levar ao interior deste oásis do fado.

Café Luso, Bairro Alto

Curiosamente, o Café Luso, também situado no Bairro Alto, é mais uma das casas de fado dos proprietários da Adega Machado. O Café Luso conta já com quase um século de história, tendo sido inaugurado em 1927, nas adegas do Palácio Brito Freire.

O cardápio de sabores tipicamente portugueses é impressionante. Fadistas de destaque como Elsa Laboreiro, Yola Dinis ou Filipe Acácio são vozes regulares no Café Luso.

Clube de Fado, Santa Maria Maior

Localizado muito perto da Sé de Lisboa, o antigo armazém de azeite que é agora o Clube de Fado serve as mais bem confecionadas iguarias portuguesas, como o bacalhau e o polvo à lagareiro.

O alinhamento de artistas de elite no Clube de Fado é nada menos do que surpreendente, e inclui nomes como Cuca Roseta, Maria Ana Bobone e Rodrigo Costa Félix, entre muitos outros.

Mesa de Frades, São Vicente

O típico ambiente de Alfama, a bela arte dos azulejos, gastronomia nacional de excelência, e claro, vozes de inspirar um amplo leque de emoções. Tudo isto é garantido na Mesa de Frades.

Os fadistas Rodrigo Rebelo de Andrade, José Manuel Barreto e Ana Sofia Varela, só para citar alguns, encontram na Mesa de Frades a sua casa de eleição.

O Faia, Bairro Alto

Voltemos ao Bairro Alto. O Faia é uma das mais ricas e marcantes casas de fado da capital portuguesa. Foi fundado pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial por Lucília do Carmo, histórica fadista e mãe de Carlos do Carmo.

Artistas que, entretanto, alcançaram renome internacional passaram pelo O Faia. Contam-se entre eles Camané e Alfredo Marceneiro. Hoje em dia, o plantel alinha estrelas como Lenita Gentil, Anita Guerreiro e Ricardo Ribeiro.

Parreirinha de Alfama, Alfama

A alma da Parreirinha de Alfama é, no fundo, um reflexo genuíno da alma da proprietária, Argentina Santos. Desde os anos 50 que a artista traquejada do fado castiço encanta os visitantes da casa. Argentina Santos chegou mesmo a ser uma das cozinheiras.

Por falar nos pratos, na Parreirinha de Alfama pode desfrutar de ricos sabores de carne, peixe e marisco, enquanto aprecia os cantos de Maria Adélia Proença ou Maria de Fátima.

Desde os nomes mais conceituados aos jovens que garantem que o futuro do fado está em boas mãos, nestas seis casas de fado lisboetas o talento é a palavra de ordem.