Categoria: Bares

Na capital portuguesa, os bares que organizam noites de poesia são mais do que imagina. E o número de visitantes que as sessões atraem também é bem maior do que pensa. Conheça os dois derradeiros bares para uma fantástica noite de poesia e sabores em Lisboa.

Povo, Cais do Sodré

Todas as segundas-feiras, o Cais do Sodré inicia a sua semana de serões noturnos com poesia no bar Povo. Apropriadamente, estas noites ficaram conhecidas como Poetas do Povo.

A sessão começa às 22h e, a cada semana, é subordinada a um tema diferente. A organização cabe ao músico Alex Cortez, ex-membro dos Rádio Macau, e ao jornalista Nuno Miguel Gomes.

O bar Povo está aberto a qualquer tipo de poesia, e a qualquer tipo de visitante, famoso ou anónimo, que se queira aventurar como poeta. O conceito microfone aberto permite que todos estejam à vontade para declamar o seu próprio trabalho, ou o de alguém que seja especialmente inspirador para si.

É claro que a boa mesa lusitana faz parte da alma dos serões, com um foco especial nos queijos e nos vinhos. O que recomendamos é que chegue cedo. A casa costuma encher.

Bar do teatro A Barraca, Santos

A inauguração do movimento das sessões de poesia nas noites de Lisboa é amplamente atribuída ao bar do teatro A Barraca, e mais especificamente ao poeta Miguel Martins.

Neste espaço, o nome adotado para os serões foi Poesia às Quintas, os quais têm lugar, naturalmente, todas as quintas-feiras, e início pelas 22h.

A fórmula é similar a cada semana, sem deixar de abrir as portas a uma variedade de conteúdo cultural. Miguel Martins é o anfitrião, e convida sempre alguém para o acompanhar, ocasionalmente, um músico.

A ênfase é colocada na poesia portuguesa, embora se explorem também obras de outras línguas. Desde a poesia mais célebre aos trabalhos mais desconhecidos, há de tudo no bar do teatro A Barraca.

Nenhuma das duas opções o vai desapontar. Descubra que uma noite de poesia pode ser bem mais interessante e deliciosa do que imagina.

Num panorama noturno em que há tantas opções praticamente iguais, marque pela diferença e visite estes quatro bares lisboetas, verdadeiramente originais e entusiasmantes.

O Covil

O Covil, em Arroios, é um espaço inspirado na cultura lusitana e celtibera, sem dúvida um bar de eleição para uma noite diferente. Para quem quer deixar de lado a cerveja ou a sidra por uma noite e experimentar algo novo, o Covil serve hidromel à pressão. Muito provavelmente, não encontra esta alternativa em qualquer outro lugar na capital.

Os fundadores, Rui Bajouca e Margarida Malheiros, são ambos apreciadores de bebidas ancestrais, por isso decidiram agarrar a hipótese de servir algo inovador no panorama dos bares lisboetas. O hidromel é da empresa de apicultura Apiagro, de Torres Vedras.

Sendo profundamente influenciado pelas culturas germânica e nórdica, o Covil é um conceito que pauta pela promoção das temáticas relacionadas. No espaço, existe até mesmo uma pequena biblioteca em crescimento dedicada à gastronomia e às festividades culturais.

Trobadores

O Trobadores leva os visitantes numa viagem à Lisboa medieval da época pré-terramoto de 1755. Neste bar da Baixa Pombalina, a boémia típica da Idade Média é abraçada e explorada, passando por todos os aspetos da experiência, desde o cardápio às bebidas e à decoração. Até mesmo as sessões de música folk ao vivo são frequentes.

Pensão Amor

No final de 2011, a inauguração da Pensão Amor sinalizou o começo de uma nova era de mudança e revitalização do Cais do Sodré, particularmente no que diz respeito à sua vida noturna.

Hoje em dia, o bairro é um dos mais procurados por uma grande variedade de públicos, desde os jovens até aos turistas. A Pensão Amor é um bar que exige que tome o seu tempo. Entre, sente, relaxe e desfrute.

O ambiente remete para o mundo do cabaret. A oferta de entretenimento é vastíssima e entusiasmante na Pensão Amor. Inclui cocktails, sessões de jazz, espetáculos de burlesco, peças de teatro, DJs e lançamentos de livros. É uma autêntica amálgama de experiências.

Frida

O Frida é um bar adjacente ao restaurante El Clandestino, ótimo para se divertir enquanto espera por uma mesa ou para ser o ponto principal do seu serão. O imaginário, passando até mesmo pela variedade de cocktails, remate à pintura mexicana.

Um dos cocktails mais apreciados é o Leonora, uma excêntrica combinação de gin, licor de pêssego, sumo de lima, bolacha de banana, toffee de cacau, e mais umas surpresas.

A nossa seleção de bares é impressionante do início ao fim. Prometemos. Só tem de escolher qual vai visitar primeiro.